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Que vontade louca
De te encontrar e te confessar,
Todos os meus segredos.
Falar dos meus sentimentos,
Fazer todas as minhas revelações,
Sem medo de censura e condenações.
Mas, tenho medo de falar,
Deste sentimento sem o consentimento
Do meu bom-senso...
Pois acredito que,
Falar de si é como se despir...
E ai tenho medo de não resistir,
E me entregar, sem você insistir...
Tenho medo,
De fazer de ti,
O delegado da minha vida.
E depois, ter que aceitar
Você me dar voz de prisão,
Abusando do seu poder
Dizendo ser dono do meu querer.
Algemando este impetuoso coração,
Me jogando atrás das grades,
Do teu poderoso comando.
Me sujeitando à migalhas
Do teu amor, sem direito a visitas.
Exceto algumas vezes,
Me submeter a compartilhar,
Contigo um copo de vinho;
Fazendo um daqueles joguinhos
Programados por você,
Me fazendo presa fácil:
De joelhos aos seus pés,
De boca aberta
Toda sedenta
Na mira do teu grande revólver,
Recebendo assim um xeque-mate,
No xadrez das tuas fantasias...
Autor da mensagem: Francisca Lucas
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